A jornalista que ousou sonhar

Caroline Bortot

Nove meses de vida já foram suficientes para Caroline Bortot começar a falar. Comunicativa, ela nunca se intimidou com o público. Quando criança, ao apresentar trabalhos escolares, destacava-se sendo a porta-voz do grupo e, hoje, aos 32 anos, a jornalista conquistou seu espaço por, muitas vezes, representar a voz da sociedade.

 

Formada em Jornalismo pela Unisul de Tubarão, Carol atua na área da comunição há 12 anos. Período no qual atuou como repórter, redatora, produtora e apresentadora de televisão. A dedicação e a competência fizeram que, em 2005, ela realizasse o grande sonho de infância: trabalhar na RBS-TV. "A emissora, afiliada a Rede Globo, foi minha maior escola e uma excelente vitrine para o mercado", declara.

 

Em 2011, a repórter decide encarar um novo desafio: atuar como coordenadora de Jornalismo da TV Litoral Sul. "Com carta branca do amigo e colega Sandro De Mattia, proprietário do canal, tive a oportunidade de implantar, do zero, um telejornal. Mesmo com pouca estrutura, na época, conquistamos grandes resultados, como o Prêmio Acic de Jornalismo, vencido por dois anos consecutivos por nossa equipe, na categoria TV", ressalta.

 

Os frutos de um trabalho bem feito continuam sendo colhidos. De acordo com Carol, há quase quatro anos fora da TV aberta, os telespectadores ainda a reconhecem e a pedem para voltar. "É gratificante saber que meu trabalho marcou positivamente a vida de tantas pessoas", enfatiza. No ano de 2013, ela deixou a TV Litoral Sul, em busca da realização de um outro sonho: ser dona do seu próprio negócio. De lá para cá, o foco tem sido assessoria de imprensa e a apresentação de eventos sociais e corporativos na função de mestre de cerimônias.

 

Ser jornalista não é fácil

 

Apesar de ser uma bela profissão, a carreira de jornalista não é fácil. A responsabilidade de dar a informação correta, a correria do dia a dia e a desvalorização no mercado de trabalho são itens que, às vezes, fazem o profissional repensar sua profissão. "Muitas pessoas pensam que o jornalista, principalmente de TV, trabalha apenas alguns minutos por dia quando aparece na tela. Ledo engano. São muitas horas de trabalho até a finalização de uma reportagem. É uma ginástica, uma corrida contra o tempo", afirma Carol. Mas, mesmo com as dificuldades, ela garante que faria tudo novamente.

 

Com a velocidade da informação e o público mais ativo nos dias de hoje, o jornalista precisa se adaptar a uma era virtual, a qual possibilita que qualquer cidadão publique um fato e o assunto repercuta nas redes sociais. Porém, conforme a profissional, a qualidade da informação importa mais que a velocidade da mídia. "Não podemos perder nossa maior virtude: a credibilidade", acrescenta.

 

Uma carreira definida por versatilidade

 

Versátil, Caroline está apostando em novas áreas. "Em parceria com meu esposo e colega, que conheci na RBS-TV, Douglas Nazario, estamos lançando a Nazario & Bortot Consultoria de Comunicação, com foco em assessoria de imprensa e marketing", informa. Outro plano é realizar o desejo de ser mãe, que, segundo ela, está nas mãos de Deus.

 

Da redação - Filipe Gabriel Teixeira

*Esta e outras matérias você encontra na 48ª edição da revista Sul Fashion!

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