Aluno da Unesc representa o Brasil em conferência internacional sobre o trabalho infantil

Léo foi um dos 18 selecionados em todo o mundo como embaixador do encontro

(Foto: Divulgação)

Entre ministros e chefes de estado de todo o mundo, o aluno de Direito da Unesc, Léo Vitor Pirola Mendonça, representou o Brasil na 4ª Conferência Global sobre a Erradicação do Trabalho Infantil. Ele foi um dos 18 jovens embaixadores selecionados para viajar até Buenos Aires e participar das conversas durante os três dias de evento, que ocorreu na última semana.

O estudante foi selecionado como embaixador do Brasil após abordar, em sua inscrição, sobre trabalho infantil no país, e como poderia contribuir para a erradicação. Durante a defesa de sua inscrição, ele escreveu seu texto em três línguas: Inglês, Espanhol e Francês.

Mendonça conta que a expectativa para participar do evento foi grande, com três meses de espera para o resultado de sua inscrição. “Era tão intensa a vontade de participar que sonhei estar em outro lugar, falando em outras línguas sobre o assunto. Quando

recebi o e-mail do governo argentino fiquei muito feliz, logo o mandei para meu professor orientador, Ismael Francisco de Souza”, contou.

Além do evento

 Para participar da Conferência, foram selecionados três representantes por continente, o que, segundo o acadêmico, tornou a experiência ainda mais enriquecedora. “Como embaixador foram dias de muito aprendizado. Muitas vezes ultrapassando fronteiras e fazendo o papel de tradutor, em Inglês e Espanhol, tendo contatos com várias culturas e expandindo ainda mais meus horizontes”, destacou.

O acadêmico teve destaque na seletiva da Conferência Global por seu histórico de trabalhos sobre o tema na Unesc. Na Universidade, ele participa do grupo de pesquisa em “Direitos da Criança e do Adolescente e Políticas Públicas” e do Programa de Bolsa na Iniciação Científica, onde estuda o tema “Trabalho Infantil”.

Problema

 Léo explica que o trabalho infantil vai muito além do que é visto. “Ele tem um contexto histórico. Para entender a exploração de crianças e adolescentes temos que levar em consideração os motivos econômicos e culturais que sustentam um ciclo vicioso das principais violações de direitos. Com isso, se faz a necessidade de debater e entender esse fenômeno complexo, que não deveria existir, pois o próprio significado latim da palavra infância, se caracteriza “por aquele que não fala”, ou seja, uma pessoa que está em desenvolvimento e não deveria estar realizando atividades laborais”, explicou.

Segundo o orientador de Mendonça, atualmente existem 152 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no mundo, e no Brasil a realidade não é diferente. “ Os números do IBGE mostram que chegamos a ter 3,4 milhões de crianças e adolescentes inseridos neste contexto, com idades entre 5 e 17 anos”, comentou.

O professor da Unesc afirma ainda que o objetivo da Conferência, que recebeu ministros e chefes de Estados dos 193 países da ONU (Organização das Nações Unidas), é contribuir na luta contra este problema e explicar seus principais meios de atuação. “Ela funciona através do intercâmbio de experiências e políticas, dos programas e modelos de intervenção bem-sucedidos e inovadores, e colocando em discussões as técnicas de alto nível, para consolidar ainda mais o compromisso global de unir esforços para acelerar a eliminação do trabalho infantil”. 

Release: Setor de Comunicação Integrada - Unesc

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