Protagonistas são mulheres araranguaenses que estão desenvolvendo a autoestima nos grupos de apoio psicoterapêuticos da secretaria de Saúde

Cada filme é uma história única que merece ser contada. Imagine então, várias lindas histórias de superação contadas em um único filme. Esse é o enredo principal do documentário Dona de Mim, que transformou em arte, a trajetória de vida de várias mulheres que encontraram nos grupos de apoio psicoterapêuticos da Secretaria de Saúde de Araranguá, o estímulo para transformar a sua própria vida e apoio psicológico para sair da depressão, ansiedade, melhorar a vida social; evoluir em doenças neurológicas e conquistar o bem-estar.

O filme será exibido gratuitamente no Cinema, em única sessão especial, na próxima terça-feira, dia 23, as 10h30min, na Arcoplex do Center Shopping em Araranguá. Na oportunidade, as protagonistas do filme assistirão e se emocionarão juntas, ao ver suas histórias na telona pela primeira vez. Algumas delas nunca foram ao cinema e aguardam ansiosas pelo dia. A iniciativa só foi possível graças a uma parceria com a Arcoplex Cinema e o Center Shopping que abraçou a causa.

O documentário já foi exibido no maior Festival Colaborativo de Criatividade do mundo que destacou o sucesso dos Grupos de Apoio Psicoterapêuticos Dona de Mim, um programa que visa garantir o acesso e a promoção da saúde mental no Sistema Único de Saúde - SUS para mulheres em Araranguá, de forma gratuita.

Implantado em 2022, após a pandemia, o programa conseguiu zerar a fila de espera por atendimentos psicológicos no SUS, realizando atendimento imediato às pacientes e transformando vidas através da psicologia positiva.

Inspirando o Brasil e o mundo

O documentário produzido pela produtora audiovisual Performance Comunicação, tem duração de 18 minutos e mostra as histórias inspiradoras e de superação das participantes dos grupos que hoje já somam centenas de mulheres atendidas.

Desde o início do projeto que começou em 2022, mais de 1.850 atendimentos distribuídos em mais de 300 encontros realizados.  “A pandemia ampliou muito a busca pelo serviço. Ao iniciar os grupos terapêuticos, mais de 700 pessoas aguardavam em fila de espera para atendimento em psicologia e a grande maioria destas eram mulheres com classificação de prioridade clínica em amarelo, verde e azul. O tempo de espera para algumas pessoas  ultrapassava 12 meses. Com a implantação dos grupos, cerca de oito meses depois, a fila para atendimento em psicologia chegou a zero e oferece assistência imediata às mulheres que buscam apoio ao sofrimento psíquico no município,” comemora a secretária de Saúde Daiane Biff.

A psicóloga Fabiana Pereira,  responsável pela coordenação do projeto,  avalia os resultados positivos de mudança de vida. “São mulheres que conseguiram sair de relacionamentos abusivos, voltaram ao mercado de trabalho, finalizaram cursos profissionalizantes, conseguiram melhorar a vida social; evoluíram em doenças neurológicas, doença autoimunes e reumáticas; diminuíram uso de medicamentos controlados, reduziram ansiedade e depressão, voltaram a fazer exercícios, melhoraram o autocuidado e aprenderam a dizer os devidos “nãos” necessários para viver melhor”, conta.