Mostra no Museu de Araranguá resgata a cultura dos araranguaenses

Com o tema “Memória visual e musical” a arte do cinema, da fotografia e da música estão bem representadas no grande acervo

O Museu Histórico de Araranguá está literalmente cheio de histórias contadas através de heranças repassadas pelo cinema, fotografia e na música; artes, artistas e fatos vivenciados e registrados na Cidade das Avenidas durante o século passado. Relembrando pessoas e lugares que marcaram época e que hoje, alguns estão somente na lembrança dos moradores, mas tantos outros são remanescentes, exemplos vivos que fizeram e ainda fazem parte da construção da cultura araranguaense. Em homenagem a estas personalidades e suas manifestações artísticas foi criada a mostra “Memória Visual e Musical – Registro de Um Tempo”, que se encontra aberta a partir de 23 de junho se estendendo até o final do ano, na Casa da Cultura, funcionando em horário comercial.

 

Para abrir a exposição, o prefeito e o departamento de cultura do município celebrou o grande acervo no dia 22 de junho, junto a comunidade, personagens e familiares que compõem essa parte da nossa história. Presentes os fotógrafos Pedro Jacaré, Querino Mazzuco, Marco Antônio Geremias, Tadeu Santos, Ênio Frasseto, além dos representados pela família, tais como José Salvador, Bernardino de Senna Campos, Nilton Grechi, Ângela Goulart e outros. No cinema, as recordações dos espaços onde funcionaram os pontos de encontro para os apaixonados trocarem juras de amor, um retorno ao passado do que representou essa arte para o município: primeiramente, em 1930, o cinema mudo, em preto e branco, com exibições no Cine Glória, na Av. Coronel João Fernandes, mais tarde, na década de 1950, os habitantes vivenciaram o Cine Roxy, na principal avenida, a Getúlio Vargas, onde seu último endereço é atualmente o edifício ao lado do Bar Central. O Roxy se manteve até 1994, sendo bem frequentado e o entretenimento preferido da comunidade, vindo a ser substituído com a chegada de novas tecnologias audiovisuais. Hoje as sessões de cinema em Araranguá, ao sabor de pipocas e bala Chita, com o mesmo menu das antigas, podem ser conferidas no Cine Caverá.

 

A comemoração cultural no Museu teve dose extra de alegria com a apresentação dos homenageados na música e o buffet estilo anos 80. Os trovadores e músicos presentes na abertura,  Zé Patrola, Cabral, Avelino e Cardeal deram mostra da criatividade e improviso no microfone diante da plateia, também posaram para fotos e recordaram com carinho outros colegas, ícones musicais, como: Nico Pinheiro, João Medalha, José Baldoino, duplas Tio Gula e Luizinho; Toninho e Maninho; Terezinha e Julinha, Banda Grenal, o Doca, Saul Fidelis, Seu Mememo, Conjunto Serenata Show, Asa Branca, Brasileirinho e os que permanecem na ativa, como Rosinha Valim, a tradicional Banda Scorpions, as professoras Vera Walter e Juracy da Rosa, banda Municipal, Associação Coral de Araranguá, dentre outros corais, bandas e grupos. Fechando a noite, a voz do músico Loza acompanhado por seu violão.

 

“Nós merecemos e podemos ter acesso à cultura”, destacou o secretário municipal de educação, Alexandre Rocha, ao parabenizar a equipe da Casa da Cultura pelo trabalho de pesquisa que necessitou da sensibilidade, dedicação e amor à arte pelos funcionários, “esse trabalho vai muito além de um pagamento, pois não tem remuneração que gratifique o sentido da cultura”, ressalta Rocha. Também compartilhou da mesma emoção a historiadora responsável pela mostra, Micheline Vargas Rocha, ao dizer: “tamanha mostra em imagens e fotos não expressa tudo o que sentimos durante as entrevistas, o que temos aqui é somente um pedacinho do que é possível contar dessa história”, finaliza ela.

 

Visite a exposição e conheça por imagens um pedacinho da história de Araranguá! Informações pelo (48) 3522-1143. 

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