Outubro Rosa

Campanha Nacional se encerra, mas a luta contra o cancêr de mama continua

 

Cigarro, alimentação, trabalho, hereditariedade e álcool são, nesta ordem, os principais causadores de câncer de mama. A informação é da mastologista Beatriz Althoff Rocha, que esteve na Unesc, ministrando palestra de encerramento do Outubro Rosa. O evento foi realizado pelas Clínicas Integradas da Unesc, Rede Feminina de Combate ao Câncer de Criciúma, e estudantes da 7ª fase do curso de Enfermagem da Universidade. 

 

Beatriz explica que o câncer é o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo, e que entre 80% e 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. “Nas populações indígenas não há casos de câncer de mama. Mas se trouxermos uma índia para morar na cidade, ela passará a ter riscos de desenvolver a doença”, comentou. A mastologista afirma que 97% dos pacientes que desenvolvem câncer de mama pertencem ao chamado grupo de baixo risco, ou seja, pessoas que não possuem casos na família.

 

Entre os casos de câncer feminino no Sul do País, o de mama lidera, sendo seguido pelo de colo de útero. “As mulheres fazem exame de colo de útero todos os anos, e não têm se preocupado como deveriam com a mamografia”, afirmou. Segundo ela, o exame  reduz em 30% a mortalidade de mulheres acima dos 50 anos, porcentagem que ultrapassa os 40% em pessoas de faixa etária mais jovem. No país, apenas 30% das mulheres têm acesso à mamografia e 80% dos casos de câncer de mama são detectados em estágio tardio. “O autoexame é importante para a mulher conhecer a sua mama. Mas uma mulher que não está acostumada a fazer o autoexame, consegue perceber um nódulo quando já está com 2 centímetros. Uma pessoa que está acostumada, percebe com 1 centímetro. Nestes casos, o nódulo já está grande. Por isso a importância da mamografia para a detecção do problema no início”.

 

Beatriz orienta que as mulheres que não tenham casos de câncer de mama na família comecem a fazer mamografia uma vez por ano, a partir dos 40 anos. Já quem possui histórico familiar, deve iniciar os exames anuais a partir dos 35 anos, ou dez anos antes da idade em que parentes como mãe, irmã e avó descobriram a doença.


Fonte: Unesc

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