Resíduos da Saúde e Lixo Industrial: o destino correto é a melhor solução

Empresa Colix manuseia e transporta, adequadamente, lixo produzido pelas firmas, instituições médicas e veterinárias

A destinação final dos dejetos produzidos por indústrias, empresas, instituições e órgãos em geral é uma questão que ainda rende discussão, porque nem todo lixo recebe o fim apropriado e, por vezes, acaba trazendo danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas.

Uma das maneiras encontradas é contratar os serviços de empresas especializadas que recolham, transportem e tratem adequadamente o material descartado, cumprindo assim o papel social e a obrigatoriedade de dar um fim correto ao montante.

A empresa Colix, sediada em Araranguá, atua há oito anos no setor e realiza o trabalho de coleta e transporte de resíduos sólidos produzidos por instituições de saúde, além de dejetos industriais de empresas localizadas no extremo sul catarinense e também em algumas cidades do Rio Grande do Sul.

Os estabelecimentos atendidos pela Colix possuem um abrigo para armazenar o lixo ou recipientes próprios, como carrinhos para colocar o material. Para transportar os resíduos de saúde, a firma preocupa-se com um fator essencial: a segurança no armazenamento para o transporte. Com muita precaução e cuidados, materiais como seringas, gazes e luvas, classificados como perigosos, são transportados para o aterro da Santec, em Içara. O material quando chega à Santec é submetido ao método de autoclave, que utiliza vapor e pressão para acabar com as bactérias.

A classificação do lixo foi criada pelas Normas Brasileiras n°10.004 e Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), do ano de 2004, e Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), no ano de 1996. Todo lixo é dividido em classes, e em relação ao grau de periculosidade, classificado em perigosos ou classe 1 (elementos que apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente), não-perigosos ou classe 2-A (materiais que apresentam propriedade de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, e não apresentam perigo aos seres vivos. Exemplo: material doméstico) e não-perigosos ou classe 2-B (resíduos que não contém nenhum elemento solúvel em concentração superior ao padrão de potabilidade das águas. Exemplo: o vidro).

O trabalho de destinação dos dejetos e a forma com que o procedimento é realizado têm ligação direta com o bem-estar do homem e, de acordo com o proprietário da Colix, Luiz Cornélio Francisco, a contaminação representa muitos riscos para o organismo. “Os resíduos de hospitais e clínicas são um grande perigo para as pessoas, já que se trata de lixo contaminado, e em muitos lugares, há as substâncias químicas oriundas de tratamentos como quimioterapia, curativos, procedimentos cirúrgicos, dentários e tantos outros”, explica.

Entretanto, a preocupação com o correto fim desses resíduos, na maioria das vezes, não é motivada por consciência ambiental. O cumprimento de tal ação é realizado por força da lei 178/2006 que obriga às empresas desse setor a gerenciar o lixo produzido, sendo supervisionado por órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e (Conama).

A Colix, além de atender a essa demanda, transporta também lixo industrial como borra de tinta, resíduos decorrentes de tingimentos obtidos em firmas ligadas ao metal e lavanderias. O lixo industrial é levado para a central de armazenamento na cidade sede e depois transportado para as empresas Catarinense Engenharia Ambiental, em Joinville-SC, e a ProAmbiente, em Gravataí - Rio Grande do Sul. Assim como o material descartado pelas instituições de saúde, os dejetos industriais possuem regulamentações apontando a obrigatoriedade.

No entanto, não é desta forma que as firmas agem. “O presidente Lula sancionou uma lei- Lei 12.305/ 2010 da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) - para dar destino ao lixo, mas faltam regulamentações. Existem leis que exigem essa obrigatoriedade, mas passam despercebidas. As empresas que, nos procuram com consciência ecológica, são poucas. No momento em que empresários e profissionais se derem conta do quanto estão sendo responsáveis em prejudicar o meio em que vivem e que uma hora vai os afetar, agindo sem preocupação nenhuma, de repente seja tarde demais”, ressalta Luiz.

Mas para a Colix, a preservação ao meio ambiente e a saúde das pessoas, está em primeiro lugar e enquanto não há uma fiscalização mais rigorosa, a empresa continua sua caminhada em busca de dias com mais consciência e comprometimento social. Mais informações pelo  telefone 3524-6596.

Fonte classificação do lixo e leis: http://www.portalsaofrancisco.com.br e http://www.saudepublica.web.pt.

 

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