Santolin

Um gênio na interpretação de grandes nomes da música

Não importa se você é o chefe ou o bom profissional. Se é celebridade ou operário, mais vale é descobrir o seu talento, o que o move, se está no lugar certo praticando as suas habilidades. Todo seu tempo dedicado em alguma função deveria ser compensador. Mesmo sendo bem feito tal encargo, o prazer de identificar sua vocação está no sentimento de liberdade. Um exemplo de quem abriu, desde cedo, a chave do potencial dentro de si é o artista gaúcho de 49 anos, Luiz Antônio Machado, conhecido como Santolin, revelando para o país a sua genialidade de trazer grandes ícones da música para perto de seus fãs.

 

Enquanto algumas pessoas têm na música, literatura e dança um manifesto de seus hobbys, já para diga-se a ‘felicidade’ de outras, estas expressões artísticas são o sustento de cada dia. Assim como para o artista musical Santolin, cuja a arte de interpretar veio marcada em seu DNA, recebida com muita paixão, se enquadrando, desse modo, como um autodidata. Entretanto, para Santolin a principal dificuldade do meio cultural é o reconhecimento. “As pessoas imaginam que cantar é mais simples e não é exaustivo, muito pelo contrário, é desgastante. A profissão de artista, músico, ator, só é considerada oficial se você estoura na mídia, que ainda não é o meu caso”, relata.

 

Santolin cresceu movido pela capacidade de imaginação e sua performance espetacular, começou nos barzinhos em Porto Alegre, depois foi vocalista da banda Caravelle da capital gaúcha, em seguida da Volares Band de Itajaí (SC) e estreou os palcos em Araranguá com a tradicional banda Scorpions. Sua desenvoltura contagiante é creditada, segundo ele, ao seu ídolo Ney Matogrosso, o que o faz ‘imitar’ com muita semelhança esta referência artística, com quem se auto-identifica e inspira seus diversos projetos de covers de clássicos da música brasileira (Rita Lee, As Frenéticas, Ney Matogrosso) ou das paradas de sucessos da música pop internacional (ABBA, Tina Turner e Fred Mercury). “Comecei com nove anos quando ouvi pela primeira vez o disco do Secos e Molhados (1974), o surgimento da banda. Foi o Ney Matogrosso, tudo pelo processo de identificação, gostei e me inspirei”, conta ele sobre a sua trajetória colocada a prova em vários concursos televisivos, entre eles em 2008 e 2011, no domingão do Faustão, rendendo a ele o título de ‘cover oficial’ do seu ídolo. Uma proeza, que segundo Santolin, faz parte da interpretação da mídia, apesar dele reconhecer que não há outro cover do cantor com imitação tão autêntica. Outras participações em rede nacional fazem parte do currículo do porto-alegrense, tais como nos programas Raul Gil e Som Brasil, entre outros.

 

Santolin agora se dedica a atuação solo, fixou moradia em Florianopólis e está de volta às apresentações em sua terra natal – Porto Alegre, porém continua se apresentando pela região sul de Santa Catarina, cujo local abrigou seu incomparável desempenho nos palcos e onde se tornou figura conhecida.

 

Assim é ele. No palco ou em tablados culturais, se concentra para representar além da melodia; também o ritmo, os gestos, a voz e toda a performance do artista interpretado.  Um mini camarim é levado a cada local de apresentação, com todos os apetrechos para a produção de um bom espetáculo: mesa de som, iluminação, figurino variado e objetos similares, acessórios, maquiagem, óculos, sapatos e luvas, conforme requer cada cena criada, complementados com efeitos especiais de leds, laser e fumaça. Com carreira solo, Santolin executa até quatro covers em cada evento e segundo ele possui “na manga” mais quatro. É ele quem prepara cada um destes detalhes, contando com a ajuda de sua costureira Solange Sol, de Florianópolis. Inovador, Santolin abre seu manto iluminado por luzinhas de led, e dali sai grandes interpretações, um verdadeiro show men!

 

Agraciado por muitos ‘dotes’ culturais e tendo a humildade como sua melhor característica, Santolin considera como sua maior conquista, as pessoas que o admiram e o acompanham durante sua jornada artística, e se depender dele, sem data para término: “enquanto meu coração bater, lutarei para conseguir um lugar de destaque na música”, salienta o artista, mesmo já tendo conquistado evidência entre os apreciadores da boa arte.

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