Schiaparelli, Dior e Chanel se destacam na Semana de Alta-Costura

Evento com a temporada de primavera/verão 2020

Temporada de primavera/verão 2020 da Semana de Alta-Costura começou nessa segunda-feira (20/01/2020) e já está com tudo. Os primeiros dias incluíram marcas tradicionais no evento, que tradicionalmente acontece em Paris. A Schiaparelli chamou atenção com uma coleção menos extravagante do que o esperado, de acordo com o DNA da label, enquanto a Dior mergulhou no metalizado. Quem também se destacou, como sempre, foi a Chanel, que resgatou as próprias raízes.

Schiaparelli

Conhecida pelo DNA exagerado e marcante, a Schiparelli está sob novo comando desde o ano passado. A segunda coleção de alta-costura de Daniel Roseberry caminhou para uma pegada mais “discreta”. No entanto, isso não significa que o estilista tenha deixado a estética chamativa e surrealista de lado.

Na estreia no segmento, em abril de 2019, ele já tinha introduzido elementos mais sóbrios e misteriosos. Agora, no spring/summer 2020, o diretor criativo confirmou que a maison está em um momento menos espalhafatoso, mas sem perder a exuberância. O desfile aconteceu no Palais de Tokyo, na capital francesa.

Um toque clássico apareceu em conjuntos descolados de alfaiataria. Blazers ganharam texturas com bordados e jacquard de seda. Decotes e recortes incrementaram as produções.

Por outro lado, o estilo performático foi mantido em peças volumosas e mix de cores vibrantes. As modelagens misturaram sofisticação e modernidade. Brilho e transparência deram o toque final.

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O desfile teve tons sóbrios

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Apesar de clássico, o look ganhou um toque “despreocupado”

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Silhueta marcada e ombros à mostra

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O jacquard com brilho deixou o conjunto mais exuberante

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O blazer dá mais sobriedade ao visual com pantalona e top

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A estampa da roupa continua na pele

Dior

Assim que a Dior anunciou que a responsável pelo cenário do show de haute couture seria Judy Chicago, a expectativa ficou a mil. Afinal, trata-se de uma das artistas plásticas mais renomadas do mundo, conhecida por obras disruptivas e feministas. Além disso, o desfile foi realizado no Museu Rodin, em Paris, e o espaço onde as peças foram exibidas ficará aberto ao público até domingo (26/01/2020).

Batizada de The Female Divine, a instalação incluiu faixas criadas por estudantes da Índia, estampadas e bordadas com perguntas reflexivas sobre os direitos das mulheres, começando por “E se as mulheres governassem o mundo?”. Outros dizeres, como “Haveria violência? e “Teria propriedade privada?”, completavam a questão inicial. O cenário também englobou os questionamentos “Seria Deus mulher?” e “Homens e mulheres seriam fortes?”.

Personalidades como Alexa Chung, Chimamanda Ngozi Adichie, Uma Thurman, Natalia Vodianova e Anna Wintour prestigiaram a apresentação. A música de abertura da trilha sonora foi All is Full of Love, de Björk.

Para a coleção, Maria Grazia Chiuri se inspirou em representações clássicas das deusas gregas, principalmente Atena, figura mitológica da sabedoria, arte, coragem e justiça. “Seu fascínio majestoso é uma alegoria neoplatônica da beleza, combinando força intelectual e harmonia estética”, destacou a label nas redes sociais.

Peças fluidas, drapeados, mangas assimétricas, capas e tiras deram o tom. Destaque para os delicados acessórios de cabeça. Na paleta de cores, o dourado foi escolhido como protagonista. Outros tons metalizados completaram a cartela.

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O dourado foi o protagonista na cartela de cores

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A coleção foi inspirada nas deusas gregas

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As franjas dão movimento à composição

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A capa adorna o conjunto de alfaiataria

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O ombro assimétrico é um clássico inspirado nas deusas gregas

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O colar por baixo da gola deu mais charme ao visual

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O quimono com detalhes florais harmonizou com o vestido levemente transparente

Chanel

Os desfiles da Chanel sempre foram verdadeiros shows. Apesar de ter trabalhado ao lado de Lagerfeld por mais de 30 anos, já era certo que Virginie Viard colocaria a própria identidade nas criações. Em junho do ano passado, a diretora criativa apresentou sua primeira coleção de alta-costura.

Agora, para a primavera/verão 2020, a francesa comprovou que a maison passa por uma nova era: simplicidade define o momento. Tudo isso, é claro, sem abandonar as próprias raízes.

No Grand Palais, a estilista recriou o jardim de Aubazine, orfanato em Corrèze, na França, onde Gabrielle Chanel viveu dos 12 aos 18 anos, após a morte da mãe. A releitura do ambiente teve plantas no centro, cercadas por varais com lençóis brancos estendidos.

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O cenário foi uma releitura do jardim de Aubazine, orfanato no qual Gabrielle Chanel viver cerca de seis anos

Com um toque vintage e até levemente escolar, Viard retratou roupas usadas por crianças no fim do século 19. A designer investiu em peças com faixas na cintura e babados, outras, por sua vez, foram decoradas com bolsos e botões. Golas engomadas intensificaram a pegada.

O tradicional tweed e a renda surgiram em um mood menos formal, inclusive em saias rodadas. Bordados também tiveram vez.

Preto e branco dominaram as escolhas de pigmentos. Nos pés, mocassim e meias delicadas deram o toque final a vibe “infantil”.

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A segunda coleção de alta-costura de Virginie Viard resgatou o passado de Gabrielle Chanel

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As peças ganharam um toque “infantil”

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Saia rodada com meia-calça

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Babados no look em preto e branco

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Bolsos frontais na saia longa rebuscada

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Até a noiva, que representa o ponto alto do desfile de alta-costura da Chanel, apareceu mais simplista

Além de Schiaparelli, Dior e Chanel, marcas como Iris Van Herper, Ralph & Russo, Giambattista Valli, Stéphane Rolland, Alexandre Vauthier e Givenchy já se apresentaram na Semana de Alta-Costura.

Fonte: Metrópolis

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