SICC deve traduzir o novo DNA do mercado calçadista

Será a prova de fogo para as grandes marcas de calçados observarem na prática o novo costume de compra que veio com a pandemia


Com os atuais movimentos do mercado, a expectativa do setor calçadista com a realização do SICC – Salão Internacional do Couro e do Calçado será a de reaproximar os agentes econômicos deste cluster. As práticas de compra e venda foram alteradas com pandemia do Coronavírus e precisam ser compreendidas e decifradas para a retomada mais ágil da engrenagem setorial. Pelo menos esta é análise do empresário Carlos Alberto Mestriner, Diretor da Klin, de Birigui (SP). Para ele, o novo establishment necessita ser entendido por todo o mercado. “Precisamos ter humildade para compreender este novo comportamento tanto do consumidor, quanto do lojista. Só assim, a indústria irá se preparar para os próximos meses”, diz ele.

A próxima edição presencial do SICC será de 24 a 26 de maio, no Centro de Eventos do Serra Park, em Gramado (RS)  e deve ser o marco da retomada. “Temos hoje um novo DNA do mercado e ele precisa ser decifrado pelo fabricante. É preciso o encontro pessoal com o lojista e este papel será exercido pela feira”, afirma Mestriner. Ele salienta que este encontro será mágico, pois vai desvendar este comportamento recente de compra do lojista e possibilitar o planejamento da indústria. “Vejo que atualmente o lojista está fazendo compras para entregas rápidas e a curto prazo. É preciso ver de perto esta postura.”

O diretor da Merkator Feiras e Eventos, Frederico Pletsch, afirma que esta edição da feira será um divisor do mercado. “Acredito que na convivência desses três dias poderemos sair com um pouco mais de clareza para planejar as nossas próximas ações”, salienta Pletsch. Também o empresário Jonathan Aderbal Martins dos Santos, da Ala / Zatz, de São João Batista (SC) concorda que a feira será um momento importante. “Nestes últimos meses houve uma redução significativa do mercado. Toda a insegurança das pessoas foi transferida para os negócios. Agora com a vacinação em andamento, esta situação deve ser revertida. Acredito que no SICC, quando teremos o contato olho no olho com o lojista vamos poder sentir os seus desejos e suas expectativas de compra e assim programar a produção nas nossas fábricas”, finaliza.

Fonte: Marta Araújo / Assessoria de Imprensa
Imagem: Dinarci Borges

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