S.O.S. joelhos

Saiba como preservá-los de dores e inflamações

Por que tanta gente se queixa do joelho?

O exercício físico que seria benéfico pode se tornar nocivo se houver exagero ou se o corpo não estiver preparado para o esforço. “Nem todo joelho aguenta sobrecarga”, alerta o ortopedista Roberto Kerber. O desrespeito aos limites individuais favorece lesões e processos inflamatórios.

 

Quem é mais vulnerável?

Nem sempre as peças que integram o joelho são formadas perfeitamente, e elas apresentam desvios, por isso há pessoas que já nascem com problemas. O treino mal orientado também pode fazer com que um lado se desenvolva mais do que o outro. Em ambos os casos, quando a articulação é submetida à sobrecarga, tanto na academia quanto no cotidiano, surge um processo inflamatório.

 

A dor pode ser decorrente de desgaste?

Às vezes, sim - e não só em idosos. Jovens também podem sofrer de condromalácia, desgaste da cartilagem da patela (o osso na parte frontal do joelho). No grau 1, ocorre o amolecimento dessa estrutura. No mais grave, o 4, a cartilagem praticamente desaparece e osso fica atritando com osso. Para quem tem o quadro, ficar muito tempo sentado provoca uma pressão na área desgastada, o que causa dor. Daí a importância de fazer alongamentos periódicos. Também na condromalácia, os principais desencadeantes são exercícios exagerados ou praticados por sedentários sem o devido condicionamento físico.

 

Quais os movimentos mais perigosos?

Os que exigem hiperflexão da articulação podem danificar o menisco, cartilagem em formato de C nas laterais do joelho, que serve para amortecer o impacto. Os agachamentos também são vistos com cuidado porque a articulação é submetida à grande flexão e depois estendida repetidas vezes. Ainda pior é um movimento que ocorre mais no futebol: os pés permanecem fixos no chão (presos pela chuteira), mas o quadril e os joelhos giram para um lado. Segundo Roberto Kerber, a probabilidade de lesão é muito grande.

 

O que fazer se o joelho incomoda?

Procurar um médico o quanto antes para pesquisar a origem da queixa e indicar o tratamento. Remédios ajudam a reduzir o processo inflamatório e a fisioterapia colabora para fortalecer as estruturas. A musculatura precisa de, pelo menos, uma semana de descanso. Havendo desgaste, medicamentos orais, como glucosamina e condroitina, beneficiam a cartilagem. A viscossuplementação (injeção de um gel dentro do joelho) aumenta a viscosidade no local. “É como colocar óleo numa engrenagem”, compara o médico. Também é preciso rever os hábitos e a prática de exercícios físicos.

 

Como prevenir problemas?

 

Evitar movimentos lesivos, sobretudo se não tiver efetuado um fortalecimento prévio da coxa. Ao usar aparelhos da academia, como leg-press e cadeiras extensora e flexora, fazer movimentos mais curtos, fugindo dos dois extremos: o máximo de flexão e a extensão total. Se quiser correr, comece caminhando e aumente a intensidade aos poucos. E, de preferência, conte com a orientação de um profissional de educação física experiente.

 

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