A aposta do varejo nacional de calçados para fechar o ano com um desempenho favorável e até um incremento sobre o faturamento do ano passado é a comercialização da temporada quente do ano, a maior temporada comercial da indústria, que inicia oficialmente no SICC - Salão Internacional do Couro e do Calçado, a maior feira de calçados no país, que ocorre de 27 a 29 de maio, no Serra Park, em Gramado/RS.

São esperados cerca de 18 mil visitantes, especialmente, lojistas de todas as partes do país e importadores de quatro continentes. “Esta feira será um divisor entre as coleções que estão hoje nas lojas e os lançamentos da próxima temporada”, diz Renato Klein, presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de Igrejinha. Ele acrescenta também que o SICC está retomando o centro de decisões comerciais do setor, novamente, para o Rio Grande do Sul, o berço da indústria nacional.

Também o presidente do Sindicato das Indústrias de Três Coroas, Rogério Müller, tem as melhores expectativas com relação à feira. “A antecipação dos lançamentos para a temporada quente está sendo muito aguardada pelo mercado. O SICC hoje é muito importante para o calendário da indústria”, salienta o líder sindical. Ele acredita que o varejo fará pedidos, os quais garantirão cerca de 60 dias de produção, em média, das fábricas que vão participar da feira. 

A feira reúne, nos três dias de Feira, as principais empresas nacionais de calçados, mostrando mais de 1000 marcas, de 360 expositores, representando os polos produtores de calçados. Segundo Frederico Pletsch, diretor da Merkator Feiras e Eventos, nesta vigésima segunda edição, a feira amplia em quatro horas a carga horária total do evento, sendo em uma hora nos dois primeiros dias e em duas horas no último, nos dias 27, 28 (das 9h às 19h) e 29 (das 9h às 18h). 

Sobre a abertura oficial

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, fez a abertura oficial da XXII edição do SICC - Salão Internacional do Couro e do Calçado, na segunda-feira (27). Ele salientou que vem buscando alternativas para o crescimento do setor calçadista, pois tem esse segmento como chave para impulsionar o Estado. “Eu vim otimista e saio espantado. Esta feira deve ser a mais importante do mundo no setor, ou, se não for do mundo, a mais importante da América Latina. O setor tem capacidade para gerar empregos e renda no Estado”, disse sorridente.

Por Marta Araujo - Notícia em Dobro