IMAS viabiliza a realização das primeiras cirurgias bariátricas pelo SUS no Hospital Dom Joaquim
Sob gestão do Instituto Maria Schmitt, o Hospital Dom Joaquim é a única unidade habilitada na macrorregião sul de SC a realizar esse procedimento feito por videolaparoscopia
Proporcionar uma saúde pública de qualidade, através de uma estrutura moderna e uma equipe multidisciplinar qualificada é o propósito do Instituto Maria Schmitt na gestão das suas unidades. Nesta segunda-feira, dia 22 de abril, o Hospital Dom Joaquim de Sombrio, sob gestão do IMAS, comemorou um grande marco para uma demanda reprimida na macrorregião sul de Santa Catarina: a realização das primeiras cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde.
Dentre o grande diferencial do procedimento está na técnica minimamente invasiva utilizada, a videolaparoscopia, a qual conta uma microcâmera ligada a um monitor permitindo a realização da cirurgia sem cortes. “O IMAS está oferecendo uma estrutura moderna, com os melhores equipamentos, utilizando as técnicas mais avançadas para a realização das bariátricas aqui no Dom Joaquim”, destacaram os médicos cirurgiões Dr. Marcos Eduardo Mezzomo e Dr Diogo Nezzo, responsáveis pelo procedimento.
“Estou admirada e realizada com toda a estrutura que nos proporcionaram aqui. Todo o preparo que tivemos antes da cirurgia, como as consultas, os exames, o atendimento desde a recepção, a equipe médica, todo o serviço aqui é excelente, como se eu tivesse fazendo a bariátrica no mesmo nível de um procedimento particular”, ressaltou a moradora de Tubarão, Tamires Oliveria Nandi de Souza, 36 anos, professora, que estava dois anos e três meses na fila. Pesando 118 kg, ela desenvolveu diabetes devido a obesidade. “A rotina do meu dia a dia com os meus alunos já estava bem afetada por conta das dores e cansaços nas pernas devido ao sobrepeso. A partir de agora terei mais saúde e autoestima”, frisou.
Há 3 anos e meio na fila, Karoline Nogaredo da Silva, de 31 anos, chegou a pesar 170 kg e teve que se afastar do trabalho, onde exercia a função de serviços gerais, por conta do obesidade. “Não conseguia mais me abaixar, nem subir escada. Em casa, também comecei a ter dificuldade até mesmo para dar banho ou brincar com a minha filha. A obesidade, além de dificultar o dia a dia, fez com que eu desenvolvesse pressão alta, gordura no fígado e no coração”, relatou a Karoline, que também veio de Turbarão para a cirurgia. Ela conta que desde a primeira consulta, em fevereiro, já realizou os primeiros exames e avaliações para a realização do procedimento. “Depois que começamos o processo, foi tudo imediato. Estamos prontas para uma vida nova”, afirmou ao lado de Tamires.
Segundo o Dr. Marcos, a bariátrica envolve uma equipe multidisciplinar que trabalha de forma integrada para o sucesso do procedimento. “Todo paciente da bariátrica tem que passar por essa equipe que é composta pela nutricionista, psicóloga, endocrinologista, cardiologista e até anestesiologia, para estarem aptos à realização da cirurgia. Após os resultados de exames e a avaliação do paciente é definido a técnica, bypass ou sleeve, que são as mais consagradas na área”, enfatizou D. Marcos.
Dia histórico para o Dom Joaquim
A bariátrica feita pelo SUS via videolaparoscopia é mais um avanço e inovação na saúde pública proporcionada pela gestão IMAS à população da macrorregião sul de Santa Catarina. De acordo com a diretora geral do Hospital Dom Joaquim, Marielle Dassoler, os pacientes da bariátrica são encaminhados conforme a ordem cronológica da regulação do Estado. “Eles iniciam o processo sendo acompanhados por uma equipe multidisciplinar de profissionais, como nutricionistas, psicólogos, passam por diversos exames laboratoriais e de imagem, como endoscopia, eco doppler, eletrocardiograma, e tudo feito pelo SUS dentro da nossa unidade. Após as cirurgias, os pacientes ainda têm um ano de acompanhamento para enfim ter a alta da bariátrica”, explicou a diretora.
Conforme Mariele, a meta é realizar 20 cirurgias bariátricas mensais. “Estamos comemorando esse grande avanço para a saúde pública. A bariátrica não tinha pelo SUS aqui na macrorregião, era uma demanda reprimida. Estamos proporcionando mais saúde e autoestima aos nossos cidadãos, pois obesidade também traz consigo outras comorbidades, como ansiedade, depressão, diabetes, hipertensão e outras doenças secundárias. E a bariátrica hoje é uma realidade para acesso de todos. Queremos oferecer qualidade de vida à nossa população através da rede pública que é resolutiva, eficaz e humanizada.