Professor da Unesc desenvolve pesquisas sobre gênero na Espanha
A Unesc fez parte de estudos sobre gênero desenvolvidos na Espanha. Nos primeiros meses de 2017, o professor do PPGDS (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico) e do curso de História, Ismael Gonçalves Alves, esteve como pesquisador visitante no Instituto Universitário de Investigação de Estudos das Mulheres e de Gênero da Universidade de Granada. Lá, estudou a Seção Feminina da Falange, um ramo do partido Falange Espanhola, que impôs às mulheres lugares subalternos na sociedade.
Para participar das pesquisas na Espanha, o professor da Unesc passou por uma seleção da Fundação Carolina, que fomenta as relações culturais e a cooperação científica entre a Espanha e os países iberoamericanos. O trabalho de Alves “A Seção Feminina da Falange e Políticas Feminizadoras: A assistência social como transmissora de valores morais e políticos no Primeiro Franquismo” teve a supervisão da professora doutora da Universidade de Granada, Amalia Morales Villena. O resultado da pesquisa sobre os impactos de gênero das políticas sociais franquistas sobre a vida e o cotidiano das mulheres espanholas será publicado no Brasil em uma coletânea sobre estudos de gênero.
“Em Granada estudei a Seção Feminina da Falange e suas políticas feminizadoras entre os anos de 1939-1959. Durante a ditadura espanhola, ou franquismo, as mulheres foram expostas a uma série de políticas que reforçavam seu papel apenas como mãe e esposas, as transformando em dependentes dos homens. E neste sentido, a Seção Feminina da Falange, foi o instrumento utilizado, abrindo espaço para as mulheres a lugares e trabalhos considerados femininos, como assistência social”, explica Alves.
Na Unesc, o professor faz parte do Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Gênero e orienta iniciações científicas, Trabalhos de Conclusão de Curso e dissertações na área. Atualmente Alves estuda políticas de assistência e seus impactos de gênero, mais especificamente, as políticas públicas materno-infantis entre 1930 e 1964 e como elas impuseram um modelo normativo de maternidade e infância. Também pesquisa a Legião Brasileira de Assistência, uma instituição parecida com a Seção Feminina da Falange.
Foto: Divulgação
Entrevistas
Professor Ismael Gonçalves Alves
Release: Milena Nandi / Setor de Comunicação Integrada - Unesc